Máquina de ritmo
canção, tecnologias e crítica cultural em Gilberto Gil
Palabras clave:
Canção e tecnologias, crítica cultural, Gilberto GilResumen
Neste artigo discuto o tema das tecnologias no campo da música popular, mais especificamente na canção, em seu potencial de crítica cultural. Nesse propósito analiso a canção Máquina de ritmo, de Gilberto Gil, sendo este compositor um artista com uma produção singular no âmbito cultural brasileiro, tanto em seus aspectos estéticos e filosóficos, quanto na atenção que conferiu, ao longo de sua vasta obra, às temáticas tecnológicas – o que aqui nos interessa em especial. Numa abordagem interdisciplinar, busco explorar uma discussão não meramente no sentido de compreender como as tecnologias têm modificado os processos de composição e produção musical, mas sobretudo trazendo um outro enfoque – ao que me parece ainda pouco explorado – que consiste em analisar como a canção têm refletido sobre as transformações tecnológicas na cultura ou, ainda, no interior da própria canção. A análise aqui empenhada levantou questões como os tensionamentos entre o tradicional e o moderno, o acústico e o eletrônico, o analógico e o digital, a sensibilidade humana e o processamento de algoritmos, onde observamos o que identifico como uma atitude dialética do artista ao abordar uma série de dilemas contemporâneos de forma crítica e sensível.
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