O ritmo como ícone primordial

Autores

  • Lúcia Santaella Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Palavras-chave:

qualissigno-icônico-remático, sonoridade, ritmo, cognição

Resumo

Este artigo traz de volta a teoria das matrizes da linguagem e pensamento -- sonora, visual e verbal -- com ênfase especial na matriz sonora para nela situar a questão do ritmo. As matrizes estão fundadas na fenomenologia e semiótica peircianas de modo que cada matriz encontra sua correspondência em uma dentre as principais classes de signos elaboradas por Peirce. Assim, a sonoridade corresponderia ao qualissigno-icônico-remático, a visualidade ao sinssigno-indicial-dicente e o verbal ao legissigno-simbólico-argumental. A partir disso, o artigo focaliza as modalidades de linguagem que decorrem da matriz sonora. O propósito é caracterizar o ritmo como manifestação mais radical do qualissigno-icônico remático e seu papel organizador primordial no nascedouro de toda e qualquer linguagem. Tal postulação encontra respaldo na teoria evolutiva da cognição humana, em que, já na longínqua era do Homo Erectus, o ritmo emergiu para o exercício desse papel.

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Referências

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Santaella, Lucia. 2001. Matrizes da linguagem e pensamento: Sonora, visual, verbal. São Paulo: Iluminuras.

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Publicado

29-04-2020

Como Citar

SANTAELLA, Lúcia. O ritmo como ícone primordial. MusiMid: Revista Brasileira de Estudos em Música e Mídia, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 36–45, 2020. Disponível em: https://revistamusimid.com.br/index.php/MusiMid/article/view/3. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê - Sobre a significação musical