Morte e vida em telas: análise das estratégias sensíveis entre profissionais e público nas dez maiores lives musicais do planeta num cenário de pandemia
Keywords:
audiovisual, live, pandemia, música brasileira, ao vivoAbstract
Em março de 2020, a OMS declarou a pandemia de COVID-19, doença respiratória causada pelo coronavírus. Neste cenário, com boa parte da população mundial em casa para evitar a propagação do vírus, a indústria audiovisual experimentou a explosão das transmissões ao vivo conhecidas como lives. No Brasil, as buscas por esse tipo de conteúdo ao vivo aumentaram 4.900% na quarentena. O país domina o ranking das 10 maiores lives do planeta, todas musicais, com sete produções nacionais, analisadas neste artigo. Por meio da análise da materialidade audiovisual (Coutinho 2016) e observando as “estratégias sensíveis” pontuadas por Sodré (2006), observamos que estratégias de criação de vínculo foram utilizadas. Espontaneidade, amadorismo e sentimento de comunidade, molas propulsoras do formato, são conceitos centrais em nossa pesquisa. Encontramos um “formato intimista golden prime” nas produções nacionais, na contramão da noção de domesticidade observada nas produções estrangeiras do período.
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