Viva a sua música! A música como experiência. Uma análise pragmática e sociotécnica da invenção de ouvir música gravada
Palavras-chave:
Escuta em dispositivos, Experiência da escuta, Mediação da escuta, Escuta do amadorResumo
Este texto pretende deslocar a ana?lise do que acontece com o aficionado sob o paradigma da recepc?a?o e da experie?ncia de escuta, considerando que esta envolve ao mesmo tempo, objetos, temas e situações musicais. Desde a invenc?a?o da mediatização do som, verifica-se que nem o disco, nem a audição da mu?sica gravada foram pre?-estabelecidos. Os dispositivos te?cnicos foram criados de forma coletiva e na?o apenas por engenheiros, gravadoras e melômanos. Ressalte-se que os novos formatos da mu?sica trouxeram novas atitudes de escuta, gerando, pois a tecnologia esta? no cerne da experiência estética – entendida como mediação da escuta. Este texto demonstra que as técnicas não são, nem nunca foram “pre?-determinadas”; mas elaboradas por seus consumidores para, então, serem integradas a?s suas experiências.
Downloads
Referências
Adorno, Theodor W. 1994. Introduction à la sociologie de la musique Genebra: Contrechamps.
Adorno, Theodor W.; Horkheimer, Max. 1974. Dialectique de la raison Paris: Gallimard.
Akrich, Madeleine. 1992. « The description of technical objects ». Wiebe Bijker; John Law (org.): Shaping technology/Building society, Cambridge: M.I.T. Press, p. 20524.
Benjamin, Walter. 1973. “ 'Oeuvre d'art à l'époque de sa reproductibilité technique “. In: Essais, 2: 87-126. Paris: Denoël ; Gonthier.
Bessy, Christian; Francis Chateauraynaud. 1995. Experts et faussaires. Paris: Métailié.
Certeau, Michel de. 1981. La culture au pluriel. Paris: Christian Bourgois.
Certeau, Michel de, Luce Giard, et al. 1980. L’invention du quotidien. Arts de faire. 18/10. Paris: UGE.
Chartier, Roger. 1992. L’ordre des livres?: lecteurs, auteurs, bibliothèques en Europe entre le XIVe et le XVIIe siècle. Aix-en-Provence: Alinea.
___. 1994. “« Georges Dandin ou le social en représentation”. Annales. Histoire, sciences sociales, 49 (2): 277-309.
____. 1996. Culture écrite et société. L’ordre des livres (XIVe-XVIIIe siècle). Paris: Albin Michel.
Foucault, Michel. 1997. “Il faut défendre la société ». Cours au collège de France, 1976. “. Curso no Collège de France, 1976. Hautes études Paris: Gallimard; Le Seuil; EHESS.
Gelatt, Roland. 1955. The fabulous phonograph: From Edison to stereo. Filadélfia: Lippincott.
Goodman, Nelson. 1990. Manières de faire des mondes Paris: J. Chambon.
Hennion, Antoine. 1993. La Passion musicale. Une sociologie de la médiation Paris: Métailié.
Jacquinot-Delaunay, Geneviève ; Monnoyer, Laurence (org.) 1999 « Le dispositif –entre usage et concept ». Hermès n ° 25.
Johnson, James H. 1995. Listening in Paris: A Cultural History. Berkeley; Los Angeles; Londres: University of California Press.
Maisonneuve, Sophie. 2009a. “L’expérience festivalière?: dispositifs esthétiques et arts de faire advenir le goût’’. In: Pecqueux, Anthony; Roueff, Olivier (org.): L’expérience musicale sous le regard des sciences sociales Paris: EHESS.
____2009b. L’invention du disque. Genèse de l’usage des médias musicaux contemporains. Paris: Editions des archives contemporaines.
Marin, Louis. 1989. Opacité de la peinture: essais sur la représentation au Quattrocento. Paris: Usher.
McLuhan, Marshall. 1964. Understanding Media: the Extensions of Man. Londres: Routledge & Kegan Paul.
Read, Oliver e Walter T. Welch. 1976. From tin foil to stereo. Indianapolis: H.W. Sams.