"Nasci com sintetizadores dentro de mim": hyperpop, plataformas digitais e um futuro pós-gênero

Autores

Palavras-chave:

Hyperpop, Spotify, Gêneros musicais, Identidades de gênero

Resumo

O artigo apresenta e problematiza a complexa caracterização do chamado hyperpop enquanto gênero musical (genro). Em paralelo, e/ou concomitantemente, aborda-o como expressão de uma identidade de gênero (gender) mais fluída e não-binária. Certas disposições da plataforma digital Spotify são o estopim da problematização geral. Do ponto de vista metodológico, adotamos procedimentos cartográficos, bem como entrevistas dadas por artistas envolvidos nessa produção musical, dentro e fora do Brasil. No plano teórico, além do filósofo e crítico cultural inglês Mark Fisher, recorremos a outros especialistas acadêmicos que têm dado atenção ao fenômeno. Em conclusão, defendemos o hyperpop como anúncio e efetivação de um futuro pós-humano e pós-gênero.

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Publicado

22-12-2023

Como Citar

SILVEIRA, Fabrício; FERNANDEZ, Rodrigo. "Nasci com sintetizadores dentro de mim": hyperpop, plataformas digitais e um futuro pós-gênero. MusiMid: Revista Brasileira de Estudos em Música e Mídia, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 67–81, 2023. Disponível em: https://revistamusimid.com.br/index.php/MusiMid/article/view/168. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Música Entretelas